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Texto Tamyr Mota
Foto Xico Diniz
Ela é a antítese de qualquer estrela. Mesmo sen-
do uma das que mais brilham no seu segmento. Já
foi eleita a mulher mais elegante da cidade assim
como já ganhou incontáveis prêmios. Seu tom de
voz nunca muda. Sua discrição impacta mais do que
qualquer ação eufórica. Seus movimentos são leves
e sua serenidade é admirável. Diante da mágica luz
que emana do pôr do sol, na Baía de Todos-os-San-
tos, Cristina Calumby nos recebeu para uma con-
versa despretensiosa que se tornaria capa e recheio
desta publicação.
Mãe de dois filhos que moram em São Paulo e
avó de uma neta bebê que ilustra o plano de fun-
do do seu celular, ela é oriunda de uma família de
médicos – seu avô e pai se dedicaram ao campo
da medicina, seus irmãos seguiram o mesmo ca-
minho e seu marido, também, com administração
neste segmento. “Quando fui fazer arquitetura,
nem houve uma grande comemoração na minha
família. Eles esperavam que eu também fosse en-
veredar para a medicina”, conta. Mas, por acaso do
destino, foram e são muitos os projetos que levam
a sua assinatura, na área de saúde, com clínicas e
consultórios na Bahia e no Brasil. Aliás, a ligação
da profissional com outras cidades é grande e seus
projetos permeiam capitais como São Paulo, Rio de
Janeiro e Aracaju. Assim como também atua em
cidades do interior baiano, que são grandes polos
econômicos, como Feira de Santana, Ilhéus e Vitó-
ria da Conquista.
Mas, por Salvador, Tina – como é carinhosamen-
te chamada por amigos e clientes - mantém uma
relação de paixão: “É uma cidade linda e que está
vivendo o seu melhor momento. Basta perceber
quantas personalidades estão adquirindo imóveis
aqui, voltando a morar aqui, estreitando seus laços.
No meu dia a dia, uma das minhas grandes inspi-
rações é a nossa Baía de Todos-os-Santos”. Voltan-
do ao começo da sua carreira, ela conta que sempre
teve escritório desde que se formou, mas por muitos
anos teve rotina dupla, quando se dedicava a outros
projetos. Ou seja, desde sempre ela amava trabalhar.
E se aquela garota tinha uma grande energia para
isso, ela conseguiu transcender e carregar isso por
todo seu caminho. A sua disposição para o trabalho
é grande. “Acordo muito cedo, sigo para o escritório,
viajo com clientes, cumpro uma agenda de even-
tos. Até queria ser mais caseira,mas não consigo. Eu
amo essa rotina”, frisa.
Perguntamos sobre sua relação com as redes so-
ciais e, enfática, ela diz: “Hoje, a rede social conse-
gue ser mais impactante que uma mostra. Porque
você exibe sua participação nesses eventos através
dela. Fui relutante, mas hoje compreendo a força
do digital e usamos a nosso favor. Mas minha pre-
ocupação é grande, por isso não faço nenhum tipo
de exposição pessoal. A rede social serve ao nosso
trabalho”, destaca. Cristina, como já falamos, preza
muito pela discrição em sua vida, em seu estilo e em
seu lifestyle de forma geral. Inclusive, opta por não
citar nomes de clientes, sejam eles pessoais ou em-
presariais, prezando pela confiança integral na rela-
ção que tem com todos, assim como não gosta de
ser o centro das atenções, a ponto de sequer realizar
comemorações em seu aniversário, para evitar isso.
Falando em mostras, ela participou da CasaCor
Bahia em 2019 e conta que se sentiu extremamente
satisfeita com a atual gestão da franquia – feita por
Carlos Amorim - e com o evento como um todo:
“Vou participar de edições futuras, com certeza, as-
sim como de outras mostras que trazem visibilidade
ao nosso trabalho”. Em seguida, reforçou a importân-
cia das associações, como o Núcleo de Decoração
da Bahia: “É uma força que nos representa, repre-
senta o lojista e defende o mercado como um todo”.
A sua vocação para a profissão é tão grande que nem
arriscaríamos pensar que ela pudesse ser outra coi-
sa, mas perguntamos isso a ela, que sem pestanejar,
nos disse: “Poderia ser socióloga. Eu gosto de ouvir
as pessoas, de analisar seus comportamentos e me
colocar no lugar delas. E na verdade, como arquite-
ta, acabo nutrindo isso, afinal, entramos na vida das
pessoas e isso precisa ser saudável e amável”. Nunca
a avistamos por aí com alguma roupa extravagante,
repleta de estampas, ou arrojada. Ela é clássica e ele-
gante, mas é fã confessa do universo fashion: “Co-
migo a moda é democrática. Uso diversas marcas,
admiro algumas em especial, como Fendi e Carolina
Herrera, mas sou fiel ao meu estilo, que não muda”.
Por fim, falamos de viagens marcantes. Ela citou que
Berlim, Nova York, Marrocos, Londres e Lisboa, lhe
inspiram com suas histórias, evoluções e traços ar-
quitetônicos. No entanto, aqui para nós, talvez ela
ainda não saiba, mas ela, sim, é inspiradora.
Cristina Calumby
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